Estrelas
Os astrônomos não as entendem,
os astronautas não as alcançam,
os sonhadores não as deixam,
os pensadores não as escutam,
os covardes não as olham,
pois estão distantes,
mesmo que nossos tolos olhos
possam vê-las brilhar.
Brilha e encanta, como uma dança
seduzindo os olhares perdidos
daqueles que não enxergam bem,
não há razão para fazer tal covardia,
não há razão, apenas há ação.
O mundo segue rotacionando ao redor
da toda poderosa estrela-mor,
que desperta a admiração do pequeno,
pois é ela quem o ilumina e o aquece
é ela, o sinônimo da vida.
As outras estão apenas brilhando,
ao longe, cantando para seus mundos,
na esperança de serem ouvidas,
mas nem todas o são,
assim como alguns mundos
estão a girar ao redor do vão.
Confusas, brilhando, porém escuras,
algumas vezes cobertas pelas nuvens,
já outras, estão muito distantes
e não brilham o suficiente,
então lamentam.
Existem incontáveis no céu,
mas poucas são as que são vistas
e, menos ainda, as que são apreciadas
como deveriam, graças à razão
que os cientistas tanto procuram,
algumas não se fazem ouvidas,
resta o sofrimento e as feridas.
Há uma para cada mundo,
mas não é fácil encontrá-la,
porque algumas não estão perto
e outras estão onde não é fácil olhar,
sortudo é aquele que conseguir encontrar
uma estrela para amar.