Estrelas

Os astrônomos não as entendem,

os astronautas não as alcançam,

os sonhadores não as deixam,

os pensadores não as escutam,

os covardes não as olham,

pois estão distantes,

mesmo que nossos tolos olhos

possam vê-las brilhar.

Brilha e encanta, como uma dança

seduzindo os olhares perdidos

daqueles que não enxergam bem,

não há razão para fazer tal covardia,

não há razão, apenas há ação.

O mundo segue rotacionando ao redor

da toda poderosa estrela-mor,

que desperta a admiração do pequeno,

pois é ela quem o ilumina e o aquece

é ela, o sinônimo da vida.

As outras estão apenas brilhando,

ao longe, cantando para seus mundos,

na esperança de serem ouvidas,

mas nem todas o são,

assim como alguns mundos

estão a girar ao redor do vão.

Confusas, brilhando, porém escuras,

algumas vezes cobertas pelas nuvens,

já outras, estão muito distantes

e não brilham o suficiente,

então lamentam.

Existem incontáveis no céu,

mas poucas são as que são vistas

e, menos ainda, as que são apreciadas

como deveriam, graças à razão

que os cientistas tanto procuram,

algumas não se fazem ouvidas,

resta o sofrimento e as feridas.

Há uma para cada mundo,

mas não é fácil encontrá-la,

porque algumas não estão perto

e outras estão onde não é fácil olhar,

sortudo é aquele que conseguir encontrar

uma estrela para amar.

Magno Quirino
Enviado por Magno Quirino em 06/01/2010
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T2014817
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