Paraíso
Um dia vi o paraíso pairando dentro de minhas mãos
Acariciando isso como uma pequenina esfera invisível.
Quando cheguei mais perto para ver o paraíso, ouvi uma voz
Medonha! Fez-me largar o paraíso que se espatifou no inferno
E foi reduzido a infinitos cacos em formas de nuvens
Que hoje compõem vitrais de delúbros ébios
Como o que estive há tempos atrás,
dentro duma caixa de madeira,
Antes de chegar aqui, em cima deste simpático banquinho,
Que tem sido meu único companheiro desde então,
Aqui, ali, onde quer que eu queira estar,
Nesta Imensidão... De Nada...