Paraíso

Um dia vi o paraíso pairando dentro de minhas mãos

Acariciando isso como uma pequenina esfera invisível.

Quando cheguei mais perto para ver o paraíso, ouvi uma voz

Medonha! Fez-me largar o paraíso que se espatifou no inferno

E foi reduzido a infinitos cacos em formas de nuvens

Que hoje compõem vitrais de delúbros ébios

Como o que estive há tempos atrás,

dentro duma caixa de madeira,

Antes de chegar aqui, em cima deste simpático banquinho,

Que tem sido meu único companheiro desde então,

Aqui, ali, onde quer que eu queira estar,

Nesta Imensidão... De Nada...

Ted Weber Gola
Enviado por Ted Weber Gola em 24/07/2006
Código do texto: T200949
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