INCÓGNITA

Vivem que te sorria estrela/
Eclodindo da serra a te cobrir/
Invadindo a estrada que abria/
Labirinto do amor e do requinte/
Abnegada nuvem que cobre a nave/
Duvidando do poder que eu nutri/
Embaraçando a vida do covil/
Absorvendo a magia do foco/
Zombando das tradições e pensando/
Envergando o universo em um fardo/
Vesgo das visões da faca/
Entrelaçando as mãos na nave/
Dialogando o verbo do pode/
Ordem de um dia sagaz/
Olhando com profundidade da vida/
Lapidário de orações e fé/
Incógnita da saudade e idade/
Verso de um estudo e luta/
Eremita do poder quase real/
Inseto que come o colibri/
Rapidamente deixando o mundo em suspense/
Amarrotando minha roupa/
Me sujando de batom
luiz machado
Enviado por luiz machado em 28/12/2009
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