Entre padeiros e metaleiros
Pensamos que por de trás de ações tortas,
Temos direito a roubar todas as tortas e comidas de qualquer lugar.
Somos pelos bares moscas verdinhas,
Um pouco de amendoim japonês,
Um pedaço de rosca,
Uma gótica branquinha,
Um torresmo em sua pele,
Um frango xadrez.
Podemos hoje comer o que queríamos,
Ter o que era de saliva,
Ter na boca o que mele.
Estiquem as mãos!
Hoje vamos distribuir balas ao público,
Jogar riffs que os deixem no chão.
Dar atenção ao sabor das notas,
Todos os pães guardados nas botas,
Tudo que evoca o doce peso,
Um trator em sua sedução sonora,
Uma batida de aurora crua,
Todo encanto do som lisérgico-sideral.
“Olhem!
Uma guitarra nua!”
(Outro fato)
Cai açúcar do teclado.