COMESTE O MEU CORAÇÃO, GUISADO, E QUERIAS O FÍGADO!
Tirana canibal:
Tens no peito uma caverna de tigres
Peço-te, desnaturada, que emigres
Sem mais memorial.
Tens nódoas negras no alvor das asas,
Ave da noite escura.
Seu urubu em lura
Que prepara, babando, novas brasas.
Guisaste o coração
Em orgias, com vinhos sanguinários
Esfumando-te em fedores latrinários
De fígado na mão!
Não digiras essa hepática posta
Crivada de cirrose
Que por arte de osmose
Vais, fera cruel, esvaíres-te em bosta.
Tirana canibal:
Tens no peito uma caverna de tigres
Peço-te, desnaturada, que emigres
Sem mais memorial.
Tens nódoas negras no alvor das asas,
Ave da noite escura.
Seu urubu em lura
Que prepara, babando, novas brasas.
Guisaste o coração
Em orgias, com vinhos sanguinários
Esfumando-te em fedores latrinários
De fígado na mão!
Não digiras essa hepática posta
Crivada de cirrose
Que por arte de osmose
Vais, fera cruel, esvaíres-te em bosta.