Diversas faces
Face a face, nas ruas da cidade,
frente a frente, nos espaços passados.
Dia a dia, vejo tudo novamente,
gente se trombando por vários lados.
Dentro o escuro, a luz pode contar,
o que somente o silêncio tem a dizer.
Assim aprendo a reviver ao viver,
e olhando o mundo para aprender.
Lado a lado, dividido por tempos,
porta a porta , separando as entradas.
Janelas fechadas, olho os espelhos,
e vejo as minhas vistas erradas.
Sonhos concretos, salve os segundos,
todo dia é dia novamente.
Entro em lagos em corpos imundos,
cada dia é dia de ir de novo a frente.
Com novas propostas, frias ou quentes,
pisando sobre chão, todos ausentes.
E também antes nunca foram limpados,
fazendo cumprir cantos enigmáticos.
e nesse espelho eu mergulho,
não sou ninguém além do que, mais um.
E nesse espelho dos abstratos,
sigo deixando expostos os meus retratos.
Poesia escrita em 08/09/1999
Abraços poéticos...
Fer