Lobisomen encarnado.

Vai embora vento dos diabos

Só me perturba e me deixa

Incomodado, você diz,

ser o que não é, seu desagradável

Adeus! Eu nunca te quiz

Não nunca mesmo,

por isso se torna um desprazer

Somente um maldito desprazer

Sou a criatura lobisomen,

Amaldiçoada, condenado a isso

Sem valor indolor a facadas

E a outros intrusos

Vento assasino que traz

Viajantes procurando,

pelo meu sangue

Eu dilacero cada incomodo

Que meu peito expulsa

desejos gelados que

acedem o medo de quem

fraqueja sobre o meu uivo

Lua cheia minha visitante

não me deixa solitário

Uivo apenas por ti, não pelo resto

Varios quilomêtros pela noite

Em vastas imensidões pela floresta

A procura pelo meu alimento

O corpo de seres que estão no lugar errado

Expelindo ódio e em carne sangrento

Minhas garras não te atigem

Vento da noite, apenas de você

Não posso livrar-me, partilha comigo

A raiva, observa tudo o que faço

E sempre é um incómodo

Um maldito incómodo

Que perscruta meus atos

Até a bala de prata entrar no meu peito.

Á alma é barata
Enviado por Á alma é barata em 20/12/2009
Reeditado em 21/12/2009
Código do texto: T1987015
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