A cada hora, três violões são abandonados no Brasil

Somos estudantes desta melodia,

Mas largamos a cama vazia,

Estomago e tudo,

Os que escrevem perdem o sono com tanto dinheiro que o mundo lhes pede.

Os hóspedes,

Estes vão de encontro à morte,

Ao lixo da despensa,

Ao triste saber de não aceitar mais,

Não morremos mais, nem menos, nem o mesmo tanto,

Não sabemos acrescentar você.

Outros homens que ganham pouco,

A dividir um cigarro em seu toco,

É assim o ponto de vista do algo que tem,

E de quem tem e não troca,

A viola fica cara,

A cara fica de foca,

A vergonha é uma loca,

O vazio faminto hoje é solidão,

E como todo bom poeta sabe,

Solidão escrita não paga banana frita,

Nem arroz,

Nem alho, nem óleo,

Tampouco sal,

Conta de telefone ou feijão.