Meu ser Poaeta...
É disforme condensado como as nuvens!
Oras assim, versejando ara o que lavras...
Campeador escavando versos que fluem,
Inunda os regaços discorrendo palavras.
Meu ser poeta...
Não tem sexo, como as alvoradas!
Morde na boca a poesia em lumem
Sorvendo versos como as noites estreladas
Vagueando nos prados em tandem...
Meu ser poeta...
Vaga no mundo, em notas orquestradas
ao vento, sem se importar que palpitem
Se toscos versos adentrem as estradas
Maculados por bordados que não rimem...
Meu ser poeta ...
É um belicoso vencedor de batalhas!
Na bulimia confrontada dos que vivem
Mitigando a água na sede que vem das calhas
Alimentando poços, expressando o que refletem...
Meu ser poeta ...
Dorme em tálamos coberto de mortalhas
E desperta do abandono nos cumens
Sorrindo no pranto de tantas migalhas
E flana entre as flores carpindo aos que luzem...
Meu ser poeta ...
É a cristicidade distribuindo parábolas!
Decifrando em todas as almas que lalarem
A inocência que plasmam as minhas metáforas
Símbolismo Divino de meu ser poeta é a aragem!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
10/7/2006
OBS: Tandem= bicicleta de dois assentos, um atrás do outro;
cabriolé descoberto, puxado por dois cavalos atrelados um atrás do outro.
Lalarem= cantar para adormecer crianças.