Puxavão de dez reais

Tinha um pedaço de sol e outro de papel,

Um em cada mão,

Uma lembrança de bolso,

Uma cama, uma calça,

Uma taça, uma chupada na mulher do outro,

A vida ali,

Cinquenta.

O sinal emocionante,

Delirante momento de dinheiro preguiçoso e mal gasto.

Onde os sinos tocam o mamão não faz a fama,

Cicatrizando sermões e falando amem pra tudo,

Pensando como viver com só dois pulmões que Deus deu,

Fumar até travar tudo!

Outro arisco gosto em se matar,

Esperar em outro plano e pular,

Por trás do ilhó receber,

Dourar o fruto eterno de um ventre,

Nem é fruto de nosso ventre,

Tampouco Jesus.

“Cristo de um lugar que não é aqui!”

Uma Madalena que por lá chegou discorreu sobre.