Uma cabeça

Uma cabeça só.

Por entre toneladas repousa,

Pegadas lentas e uma doce constipação,

Não respira até o fim,

A ponta do osso dói,

A tarde é uma canseira que dói mesmo o coração,

Ascende e incendeia o pouco de resto em mim,

De nada valeu tolerar alguma coisa e

Estas inertes sensações objetivas voltaram pra lá.

O “Firebird”as levou.

Um grande desaparecimento,

Umas terras alem de amares,

Os mares do meu cabimento,

O arrebatamento conjugal incolor,

Seres sem cores,

A enorme falange e a recepção permissiva,

Estratos e viscosidades do cio.

As terças Super-sex.

Uma cabeça não repousa sem ar,

É temeroso o bocejo desafiador, o destemido buscar de oxigênio,

O ar de todas as coisas, a busca dele com a boca diretamente resfriada,

Espirros por uma poeira que sai de gente acumulada por séculos,

Um mero mundo hospitalar, hostil inútil desaforado e ganancioso.

Fama fúria fé.

Forte fervor que flui as feras de nossos tempos,

Tanto pano pra se ver,

Uma cabeça só,

Uma só.

O ócio leva gente descuidada ao mar,

O mar é pai de milhares de defuntos amorosos e sociais.

Uma cabeça só,

Por entre as toneladas repousa,

Pegadas lentas e uma doce constipação, não respira até o fim,

(...)Este fim.