Divina parte 'todível'
Parte em parte da parte que não me cabe,
A memória sem memória do imemorável.
E na tão suava ‘dessuavizada’ brisa,
Entender que nem só de parte vive o todo.
Em todo momento contudo e em tudo,
Só resta o resto de razão deplorável.
Outrora se mostra dotado de tato,
Olfato invisível do ‘indizível’ intelecto.
Nada afim enfim deve superar
Na raça inesgotável da força criadora
A tão fascinante e insistente invasão
Da luz divina, estrela menina, de força sem fim.
É o Dom mais do que a razão
A força da graça que invade o ser,
Da sustância ao antes ‘desnergizada’ ente
O qual por si, de quase nada serviria.
Assim, dos céus brota a energia
Do Espírito seu caminho origina
E da Bondade e Misericórdia divina
Tudo de bom se anuncia.