Hora de parar

Te vi meio que preocupada

Com as palavras engasgadas

Cansada, mas com o pensamento longe

E quando te reparei, te vi

Andando pra lugar nenhum

Como um ser incomum

Colar no pescoço, pulseira no braço

E o abraço no coração, aí não

Acorda minha amiga

Larga esta briga, faz de conta

Que a conta não existe

Insiste e não desista de contar

Teu meio, que no caminho

Procurando fugir sem espinho

Copo na mão sonho no coração

Ilusão. De uma vida sem procura

Expulso, repulso. E quando nota

Conta o meio de cortar

E visita o melhor caminho

Onde o espinho novo pode furar

Custa a chegar e quando chega

Já é hora de voltar

Insiste e desiste, persiste

Em um momento sem chorar

E chora e cansa. Dança

Dançando a melodia, no dia

Que não tem nada pra dançar

Alcança e para e vai

E conta o canto de um coração

Ilusão, andando, sonhando

Fugindo quanto tem que parar

luiz machado
Enviado por luiz machado em 08/12/2009
Reeditado em 10/12/2009
Código do texto: T1967580