FANTASMAGÓRICO

Meu corpo é trevas

Debato na carne fria

No muro entre razão e fé

Um gato preto mia

Escuto da placenta eterna

Os murmúrios da "mainha"

E a ela conto um segredo

_Não sou matéria, sou energia!

Cuja coruja ri da sorte!

_Quem vive depois da morte?!

Que sina! Um dia ser vulcão

E ferver no plasma

Outro dia ser fantasma!

Minha mestra empurra o barco

Que desce a cachoeira...

A vida é passageira!

_Ó passaredo sombrio,

Agora sou eu que rio!

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 02/12/2009
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