FANTASMAGÓRICO
Meu corpo é trevas
Debato na carne fria
No muro entre razão e fé
Um gato preto mia
Escuto da placenta eterna
Os murmúrios da "mainha"
E a ela conto um segredo
_Não sou matéria, sou energia!
Cuja coruja ri da sorte!
_Quem vive depois da morte?!
Que sina! Um dia ser vulcão
E ferver no plasma
Outro dia ser fantasma!
Minha mestra empurra o barco
Que desce a cachoeira...
A vida é passageira!
_Ó passaredo sombrio,
Agora sou eu que rio!