O enigma do espelho

Que pupilas desvendem segredos,

De pecados encobertos na alma!

Que narcisos estourem espelhos

De uma brisa que nunca se acalma...

Enxergar-se na destruição do futuro,

De coríntios queimando as cartas!

De marretas explodindo os muros

Do teu amor ateu que deixou marcas...

Que o beijo em caleidoscópio,

Não reflita esta escura imagem!

Apocalipse fervendo no peito

Destilando da vida a coragem...

Ante as trilhas deste paraíso,

Sobre a sombra da indecisão...

Me desvendo e não ironizo

Das mentiras que camuflam a razão!

Abomino os retrovisores,

Que instigam os passos passados!

De promessas de falsos amores

Entre lágrimas de pesadelos calados...

De espelhos

De beijos

De ilusões

De olhos vermelhos

Que almejam

Compreensão...

Então o enigma se encripta!

E revela fantasias e devadeios...

Liberado ou condenado!

Pelas leis do universo!

Ou pela papoula da verdade...

Então sem receios!

Deixemos os muros em pé...

E usaremos nossas pesadas marretas,

Para explodir os espelhos,

E suas mentiras enigmáticas....

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 02/12/2009
Reeditado em 06/06/2010
Código do texto: T1955569
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