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Poeta!

Observa as estrelas

Polvilhadas em um céu infindo.

Tal qual os flocos de neve dos anos

Que desponta em sua vasta cabeleira.

Quem diria?

Você futuro de ontem, passado do futuro,

Ausente no presente.

Há poeta!

Quantos endereços?

Quantas culturas?

Quantos amores platônicos?

A cornucópia dos iletrados

Escarnece de seu ofício,

Suas pífias letras, obsoletos versos

E um vasto coração.

Lastro do moderno e do antigo

Mergulhado com sutilezas, safadezas,

Destrezas e tristeza que estava

Selado,

Script ensaiado

Nas linhas de suas mãos.

O gato que ri de Alice,

Já foi preto e tinha uma forca desenhada no pescoço.

O contista foi encontrado morto no esgoto.

Até hoje ouço o seu corvo,

Que era o mesmo de Berger.

Ele gritava:

Nunca mais!

Nunca mais!

Nunca mais!

KBÇAPOETA
Enviado por KBÇAPOETA em 30/11/2009
Código do texto: T1951907
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