Flor solitária
Era uma minúscula semente
Que já sonhava em ser uma flor
Mas fora lançada num terreno baldio
Onde brotou prematuramente
Tinha a delicadeza e o perfume de uma flor
Mas ninguém a via como uma flor
Ignorada, murchou no vigor da primavera.
Hoje viça na haste ereta que a prendeu
Zomba de quem não a colheu
Embriaga-se do vinho amargo de sua seiva
Seu coração está fincado nas raízes
Ainda há esperança...