Vazio
Meu braço de mar secou.
Exibindo ossos ressequidos
Do banco de areia branca
E conchas emaranhadas.
O vazio tomou conta da margem
E também do leito nu
Onde agora se deita o céu,
Onde restou do mar o azul.
A vida se esvaiu em silêncio,
Descendo margem a dentro,
Deixando lembranças de fora
Na vazante de mim.