A minha musa
Ficou confusa
Quando eu lhe disse
Que a vida era incerta
E obtusa.
Compreendida entre um ângulo
De 90º a 180º da emoção...
 
Mesmo assim ela me usa.
Vou segredar-lhes... Que ate abusa.
Pedindo nova canção, poemas.
E encantamentos.
 
Seguirei minha maldição
Amarrando meu coração
Na sina que mede a rima
De um inocente poeta...
 
Andando por curvas nuas
Retas e paralelas,
Alimentando-a e devorando-a
Sem jamais poder tocá-la em versos.
No universo criado
Para sorver-nos abraçados
E embriagar-nos,
Quando cheios de poesia.