Candeias em flor
Há elos inexoráveis nos campos de lírio.
Há a presença de Deus sobre as vidas terrenas.
O sol, chuva o tempo contemplo paisagens.
E os arco-íris sorrindo me lembram você.
Pendões de douradas beleza torneiam sua pele.
Em câimbras a noite só busca o alívio.
Esguia silhueta enferma acoberta sua alma.
Entre presenças e ausências não o tenho visto.
Irmãos, muito mais do que amigos.
Presentes na ausência sofrida, forçada e cruel.
Singelos gestos, palavras ditas ou não.
Frases caladas ao vento, em um tempo.
Profundos escritos, puros de lirismo real.
Afastar ou partir é dor infinita.
Corações velados pela insegurança.
Entre pleuras, medulas, nervos e ossos.
Inspiração preeminente, esforço eloqüente,
Entre a morfina e suspiros, ais dolorosos.
Contratos pendentes, planos urgentes.
Cravam peitos, preocupam mentes, fragilizam.
Vê a realidade dura tão somente.
Mas ainda assim com doçura lança sementes.
Faz brotar a vida em terra árida.
Candeias em flor, cadeias de dor.
Momentos de pleno e perfeito amor.