Eternos Confrontos
Galope louco, pernas trôpegas.
Lanças em punho.
Trombam-se lombos equinos,
chocam-se corpos humanos.
Os cascos machucam o solo,
a terra é ferida em corpo e alma.
Marcas de ferraduras,
fósseis de um velho combate.
Solidões milicianas subjugadas,
armados no confronto geral.
A tudo agridem, até o espaço.
Caminhos tortuosos, trilhas sem rumo,
olhares vazios de expressões,
Faces sem linhas específicas.
A impessoalidade profissional.
São cavaleiros que mutam-se
em seres de puro cristal,
misturando-se força e fragilidade.
De repente uma enorme boca,
o horizonte abre-se numa garganta
e como que com sagrada fúria
devora os componentes da cena.
Guerreiros que erguem lanças ao céu,
equinos que empinam em fúria.
A vontade espartana
não quer ser dominada
por força maior.
Vida é eterno risco de morte.
Uma fração de segundo,
e tudo já foi, tudo acabou.
Montes de pedras, duros pedregulhos,
seres vivos, objetos quebradiços.
Som de tambores,
minerais versus ossos.
Combate sem inimigos,
batalhas sem amigos,
a luta unicamente pela luta.
Nada há de restar no quadro,
apenas ficarão os tons sanguíneos,
toda sordidez das almas penadas.
E o céu escurece em nuvens de trevas.
Luzes apenas dos seres de cristal.
Mentes perdidas, almas perdidas,
corações vazios, patas de cavalos
repisam todo o absurdo.
E a loucura faz-se viável.
Choques corporais que não param.
E os corpos de cristal
vão ganhando trincas.
Como que cascas,
começam a se quebrar.
Falsos titãs em degeneração.
Até que do confronto contínuo,
sobre fragmentos de cristal,
de cacos desconexos,
pedaços continuavam a lutar,
num confronto cada vez mais mesquinho,
pulverizando o cristal em quase pó .
O horizonte já está farto daquilo.
Abre sua enorme garganta
e tudo engole, deixando apenas o vácuo.
Sem os corpúsculos de saldo de batalha,
sem gritos e vozes, todos absorvidos.
Sem imagem alguma para restar,
sem nada a restar.
Do nada surgiu, ao nada volta.
O branco e o preto, o pó de cristal,
os seres espatifados, nada sobrou.
Galope louco, pernas trôpegas.
Lanças em punho.
Trombam-se lombos equinos,
chocam-se corpos humanos.
Os cascos machucam o solo,
a terra é ferida em corpo e alma.
Marcas de ferraduras,
fósseis de um velho combate.
Solidões milicianas subjugadas,
armados no confronto geral.
A tudo agridem, até o espaço.
Caminhos tortuosos, trilhas sem rumo,
olhares vazios de expressões,
Faces sem linhas específicas.
A impessoalidade profissional.
São cavaleiros que mutam-se
em seres de puro cristal,
misturando-se força e fragilidade.
De repente uma enorme boca,
o horizonte abre-se numa garganta
e como que com sagrada fúria
devora os componentes da cena.
Guerreiros que erguem lanças ao céu,
equinos que empinam em fúria.
A vontade espartana
não quer ser dominada
por força maior.
Vida é eterno risco de morte.
Uma fração de segundo,
e tudo já foi, tudo acabou.
Montes de pedras, duros pedregulhos,
seres vivos, objetos quebradiços.
Som de tambores,
minerais versus ossos.
Combate sem inimigos,
batalhas sem amigos,
a luta unicamente pela luta.
Nada há de restar no quadro,
apenas ficarão os tons sanguíneos,
toda sordidez das almas penadas.
E o céu escurece em nuvens de trevas.
Luzes apenas dos seres de cristal.
Mentes perdidas, almas perdidas,
corações vazios, patas de cavalos
repisam todo o absurdo.
E a loucura faz-se viável.
Choques corporais que não param.
E os corpos de cristal
vão ganhando trincas.
Como que cascas,
começam a se quebrar.
Falsos titãs em degeneração.
Até que do confronto contínuo,
sobre fragmentos de cristal,
de cacos desconexos,
pedaços continuavam a lutar,
num confronto cada vez mais mesquinho,
pulverizando o cristal em quase pó .
O horizonte já está farto daquilo.
Abre sua enorme garganta
e tudo engole, deixando apenas o vácuo.
Sem os corpúsculos de saldo de batalha,
sem gritos e vozes, todos absorvidos.
Sem imagem alguma para restar,
sem nada a restar.
Do nada surgiu, ao nada volta.
O branco e o preto, o pó de cristal,
os seres espatifados, nada sobrou.