Éden

Meia noite

O silêncio entoa a sua melodia lúgubre

No devasso obscuro minha alma viaja

Percorre caminhos tridimensionais dispara

Esbarra em meus desvairados pensamentos lúbricos

À noite está quente

O ambiente exala um odor característico das orgias febris

O coração, latente

Em meus sonhos delirantes mais vis

Sinto teu coração palpitar

Tua boca lasciva busca o meu corpo sedento

o suor que escorre de nossos corpos brilham como cristais ao luar

E tua alma adentro

Um banquete nos espera

O vinho degela

banho-te com o líquido púrpuro

Inundo-te com meu amor súcubo

Minha lígua absorve cada gota da bebida escarlate

Diga adeus ás castidades

Desgusto-me com tua pele macia e brilhante

Meu corpo agora está radiante

Tua s carícias são suaves, doces possui a mim suavemente

mas teu olhar devorar-me violentamente

Rasga-me a roupa num momento brusco e rápido

Meu coração bate tresloucado

Percorrre as minhas carnes com tua língua ardente

Voluptuosamente

Abro caminhos para correr livre, minha deusa mulher!

Como antes em meus latentes sonhos

Mas agora a encontra perfeita dar-se

O desejo e o do carnel

Somos Samael e Lilith, Adão e Eva

A dançarmos a dança sensual da paixão

Nossos corpos, em espasmos esquizofrênicos

Atinge o ápice do prazer edêmico

Francisco Alves Miztetlan
Enviado por Francisco Alves Miztetlan em 14/11/2009
Código do texto: T1923063