Sonhos...

Nesse frio pragmatismo

Que contamina o mundo

E a tudo está consumindo

A vida vai até diminuindo

Rareando fica preto e branco

Só o olhar pra conta no banco

Como se aí residisse o futuro

Mesmo sabendo que é obscuro

O sonho foi se acabando ao léu

Não se olha mais com brilho pro céu

E todos correm como estivessem pinéus

E o pior que não vão pra lugar nenhum

Daí... Eu aqui no calor dos trópicos

Bebendo a minha doce cajuroska

Sonho com ela que me enrosca

Faz amor comigo na rede e me coça

Desfila soberana e nua pela casa

E a toda hora pede um dengo

E eu nela me espreguiçando

Atiçando seus beijos molhados

Esfregando meus pêlos suados

Dedos e mãos avançados e ousados

Meus lábios sedentos e vagabundos

Vagueiam pelo seu corpo aquecido

Sua pele exala um cheiro de hortelã

A boca meio louca, gulosa e faceira

Num gosto suave adocicado de avelã

Sinto seus delicados seios pulsando

Vejo o que quer se aproximando

E a tomo nos braços amando-a

Mas como creio nisso com força

Não mais será só sonho de terça

Mas será daqueles que se alcança

Como na dança da esperança...

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 10/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1916548