Interlúdio em Azor

(Capturado

em Azor

nosso herói

debate-se

em estranhas

elucubrações)

Até que

o dia amanheça

e a treva

da noite olvide

em Azor

estaremos

em Azor.

O vento

que a manhã

decide

enviar contra

os muros

da prisão

que eu mesmo

construí.

Pois em Azor

toda a esperança

é fruto

do fluir dos dias

e se constrói

sem tijolos

ergue-se no ar

pelos cabelos.

Até que o mundo

acredite

que a vida aqui

é possível

em Azor

estarei

em Azor.

(A cena

sai de foco

com um grande

clarão

azulado.)

(03-12-85)