lunática

A lua vem chegando cheia

grávida de cópulas amada

atrás da casa amarela

vive uma mulher lunática

grávida de sol, soldado.

na lua nova vai parir um rei

Ferrugem

De onde ela vem

para onde vai

vestindo espanto

pisando espinhos

de antigas horas

sustos de outrora

desaparece

reaparece

segue em silencio

à toa, à toa

mas se o apelido escuta

toda o ser se atordoa

grita, esperneia

levanta a roupa

jornaleiros

gritam manchete

nulher matou a mãe

e foi vingança.

tantos segredos

como folha

que se desfolha

correram rua

estrada afora

Maria daas Dores

com sua grinalda de flores

olha-se no espelho

vê flores, só flores

lá adiante o grito

ferrugem!

Máscaras

Tantas máscaras usei

tantas em desuso

nem sei quem mais

quem sou

nas máscaas que uso.

laduse
Enviado por laduse em 01/11/2009
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