VÁLVULA-MÃE
(Com parceria de Ademir Mendes)
Olho-me internamente
Por entre o mecanismo do meu ser
Vejo um vaso de sangue azul
Que corre sobre um circuito astral
Mas uma válvula em pane
Obstrue sua passagem categórica
Que obstinado em seguir o impulso da válvula-mãe
Obedece cegamente.
Com toda essa celeuma que envolve o meu “eu”
Minha vida fica desprovida de pensar
Mas o meu cérebro que adormece num cotidiano
Ressurge dando-me novas inspirações
Para um circuito que houvera pisado
No adormecer da minha mente fria e nojenta!.