Amor contraditório

Este olhar vaidoso

De quem fita, fêmea folgosa

Encontra na íris aberta

Desejo de têla completa

Mas... a distância do gesto

Impede concreto afeto

Que num sorriso disperço

Induz a me olhar por certo

Olho e me contesto

Da timidez, réu confesso

Pois que se não me atordoa

Tão louco desejo à proa

E a âncora cravada no prelo

Impede, impulso mais belo

Em vão a popa desperta

Travada no rio decreta

Naufrágio !

Poeta, Pato... Patético.

Amor, Amizade, Coração... Meu vírus vital!