Construção apoética

A alquimia poética a que me sujeito

Dissolve os entraves a que sou exposto

Dela extraio a essência na tolice

E a simplicidade na tolerância

Na magia compreendo a visão múltipla

Da cegueira em que se vê o mundo

A pedra, o fogo e o verbo misturo

Nasce a poção que contem o vírus

Contamina a linguagem do ofício

...Incomunicabilidade humana

A poesia, inumana que mumifica a mesmice

É a inteligência da própria burrice

Sandice alcoólica da suprema desigualdade

Conspiração da mediocridade

Metáfora de um espaço fechado

Contrário do lugar-comum

Malabarismo diabólico da "razão"

Malícia humana do subterfúgio

Anomalia psicológica...

Dependência química?

A magia que pensei

haver nos meus versos

Serviu apenas...

para o meu consumo!