Desejos surreais
Meninas puras em suplícios cantam
As doces notas das almas cristalinas
Em que as lágrimas trêmulas a orvalhar pensam
Nas sangrentas lutas das sutis neblinas
Se as rosas sem cheiro circulam
Nos altares indefiníveis dos sonhos suspensos
As luzes mórbidas dos olhos cintilam
Os desejos constantes dos alucinados incensos
Escutam sons como gemidos dolorosos
Que entram rasgando os pensamentos
E erguendo os olhos úmidos de gozos
Na lua... Argêntea luz dos firmamentos
Dos pudores da carne às rubras plangências
E as veias fartas a soluçar lamentos
Pelas chaves da castidade das prisões imensas
Que reprimem a natureza dos inefáveis momentos
Sombras serenas suspiram suavizantes
Sensações santas solidões suntuosas
Sonhos suspensos sob surdinas segredantes
Sussurrando sons as serenatas saudosas
Quimeras flutuantes são templos de músicas celestiais
Com ingênuas notas de saudades infantis
Aos beijos melancólicos vesperais
As suavizantes mágoas dos aromas infantis
Empíreos divinais renascem em musas libérrimas
Onde os filhos singelos são louvores dos amores seus
E suspiram luxuosas glórias em rimas
Anjos seculares de delírios em adeus