Deusa da dor
Vós que surgistes como deusa desnuda
Envolta apenas no esplendor de sua glória...
Seu olhar tão lascivo flama atroz ironia
Beleza avassaladora e impiedosa...
Seu vestígio é como uma brisa invernal,
Sopra sobre o rocio no prado longínquo
Onde fenece perdido no seu vácuo
Sentir, e na espera de um rápido sinal.
Na esperança de encontrar sua fiel amante
E no silencio do abismo de quem espera
Por tempos de harmonia quem sempre vivera
Só, cabisbaixo não vê surgir atroante
E repentino resplandecer ardente,
Deusa com fragor exótico freme
Os olhos do amante de esperança perene,
Com os olhos crentes clamou a lua crescente
Que lhe concedera sua melhor princesa
Que realizou seus desejos extremos
E no alvor da madrugada conhecemos
O teor do amor e toda sua incerteza...
Carlos Barbosa, 27 de Setembro de 2009