A Podridão da carne
A Podridão da carne
(Alex Louzada)
Apodrece uma carne
Um debate há de haver
É comum confundir imagens
O difícil é tu me entender
Nas falas que opilaste
O odor se fez perceber
Vitimando mais uma carne
Que num debate manifestou-se
Apodrece mais uma carne
Os detalhes a esmo pores
Porém na hora de escutares
As palavras machucou-te
Tuas dúvidas a réles pó
De imagens, sons e cores
Apodrece mais uma carne
Desse universo de horrores
As parábolas eram pra te orientar
Mas você escandalizou-se
Não foi por premeditar
Pois o claro da minha vida é noite
Apodrece na faca a carne
Não posso tomar suas dores
Se pudesse tomaria
Para mostrar que apenas sois
Parte dessa escuridão
Da qual teus olhos cegou-se
Mas isso já faz algum tempo
E por aí apodrecem outras carnes
No meu caso é diferente
Se apodrece vira arte