Haja coragem!

Vim até aqui sem contar os dias

Certa vez, no milênio passado

Especulava sobre mil novecentos e oitenta e quatro

Outras tantas sobre o terceiro milênio outro ato

Em dois mil e um, uma odisséia na terra,

Paz e amor com flores na era de aquárius

prestava-se a facilitar o benvirá

De uns tempos para cá o sonho acabara

Já passara o momento de imaginar novo tempo

Pra lá de Bangladesh, vai e torna a miséria

Sabe-se que pra semente não se ficará

Sai-se daqui a qualquer momento

De qualquer lugar, pra nunca mais

E ninguém precisa dizer-me nada

Apenas tocou a sineta, a ficha caiu

Rodou a roleta, a magia sumiu

Estamos, sim, por um triz,

Por aqui de passagem, por um dia feliz

E vamos de susto, bala ou vício ao progresso

Assim que nos tomem o bilhete de ingresso

E tudo ou nada que seja dito e feito, confesso

Haja coragem! Como sempre, o será num repente...