Nas Asas da Aventura IV

Nas asas da aventura, num vôo desconhecido;

Aventuro-me.

Escalo os misteriosos pânicos das alturas...

Desço em pouso rasante.

Ouço meu eco. Gritos dispersos; repetem-se...

E perdem-se ao vento.

Deixo-me cair à escuridão da estranha noite

Um longo espaço preenchido. Ruídos, agitos

desmedidos, se faz no chão.

Prisioneira de um mundo de vidros, metais

e alvenarias...

Obediente às normas.

Não se pode parar o tempo, Não se pode parar

No tempo.

Serão ultrapassados ou esmagados pelo sistema.

Tudo cresce sem limites

São humanos ou formigueiros?

Gente que se apresenta, gente que trabalha. os

que nada fazem e atrapalham.

entrando e saindo. Chegando, e se indo...

Como vôo sem destino, guio-me...

Sem traços e sem caminhos, me arrisco

Sem idéia das barreiras erguidas...

Certa de nenhuma intransponível.