Levitando
Em órbitas estonteantes
Infinitas e singelas,
Passo a passo
Ela alcança
As últimas estrelas.
Nada a prende
A nada
Entre as rosas
Da quimera.
Minha musa
Não tem face, não tem nome
Não tem côr.
É somente fogo num enlace
Que me queima e me consome
E me devora com louvor.
Caminha por um céu alado
Semeando sonhos de loucura
E de contemplação
Em passos leves e maneiros
Onde tudo é fluido e incerto
E adoração.
E vai...
Sonhando com primaveras
Em nobrezas do porvir,
Tem a lua por certeza
Num olhar de quem pondera
A lhe emprestar a beleza.
Bailando... dançando, cantando
E procurando
Em qualquer leito
O amor,
Fagulha do criador
Que se esconde em meu peito.