Entrelinhas

O corpo suspira pensamentos:

Dentre homens mutilados e fotógrafos influentes

O confim dos mares anuncia o amor

O calor do ventre virgem experimenta a dor

A matéria registra a poesia.

Arcanjos e demônios telegrafados em segundos criativos

E reanimados para equilibrar a resignação ao sentido

Nas nuvens como grandes recortes estagnados no céu.

Andarilho em passos relativos

Eu filho do criador eterno

Sinto-me um fragmento desdobrado por muitas gerações

A testemunha que brada a época do século

A libra entre o bem e o mal

Que atua do princípio folheado ao fim

Pelos murmúrios batidos do tempo.

O reflexo ilumina o itinerário da sombra

O medo é o limite dos planos da consciência

A forma e a fôrma reduzida à unidade.

Sidcley Barbalho Junior
Enviado por Sidcley Barbalho Junior em 30/08/2009
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T1783122
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