Entrelinhas
O corpo suspira pensamentos:
Dentre homens mutilados e fotógrafos influentes
O confim dos mares anuncia o amor
O calor do ventre virgem experimenta a dor
A matéria registra a poesia.
Arcanjos e demônios telegrafados em segundos criativos
E reanimados para equilibrar a resignação ao sentido
Nas nuvens como grandes recortes estagnados no céu.
Andarilho em passos relativos
Eu filho do criador eterno
Sinto-me um fragmento desdobrado por muitas gerações
A testemunha que brada a época do século
A libra entre o bem e o mal
Que atua do princípio folheado ao fim
Pelos murmúrios batidos do tempo.
O reflexo ilumina o itinerário da sombra
O medo é o limite dos planos da consciência
A forma e a fôrma reduzida à unidade.