Devaneio

Quero estreitar teu corpo esguio,

Umedecer-te os lábios,

Acalmar o espírito em teu ser soberbo.

Ouve como sibila o vento e deixa tanto frio!

Sinto enregelar-me a alma!

Saio do tino, retorno esperançoso

E tudo volta à calma.

Estás tão longe, não sei quem és

Mas, amo-te tanto, que voltaria à infância!

Quanto mais rápida uma imagem menos a quero;

Sê da indolência irmã estreita!

Quero-te muito de manso;

Corpo do meu sonho imita no ar

A folha que tomba fenecida!