Somos assim

No tilintar dos sinos, amores.

No cavalgar dos bichos, paixões.

No sentir dos amantes, clamores,

No entender dos poetas, canção.

Preto no branco firmado, um alívio.

As escondidas, um penhor.

Bloco de notas, um grito.

Ao telefone, um sensor.

Cama de dois, uma vida.

Sofá-cama, um beijo.

Poltrona macia, aconchego.

Cadeira de bar, o fim.

Tantas loucuras, quebra.

Tanto ouvir, uma voz.

Tanto chorar, um lamento.

Tantas malícias ao vento.

Beijo tua boca, sorrio.

Abraça-me forte, o sinto.

Roça minha nuca, desejo.

Assim somos nós, você e eu.

Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 20/08/2009
Reeditado em 28/02/2018
Código do texto: T1764759
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