DESLUMBRE DESBUNDANTE
Ó Senhor,
Que lindo mar hoje me deste
De céu anil belo e celeste
Quão maravilhoso está este cenário
Tudo espelha maravilha que fascina
Que meu olhar vislumbra e descortina
E me sinto aqui a flutuar no chão e ar
Que até as gaivotas tecem comentário
O mar, o sol, a brisa, parecem alegoria
Num festival de cores de alegrias sadias
O céu beijando o mar de modo delicado
No conluio onde só estão vestidos pela lua
O mar salgado bordando ondas de renda
Que se esparramam pelas areias brancas
Com doçura estendendo-me seus braços
E o sol acariciando os corpos bronzeados
Abraçando a areia com muita suavidade
Numa incontida ternura que a tudo invade
É muita luz e beleza em total harmonia
Que até parece brotar divina euforia
A encantar até o mais insensível e reles ser
Eu sinto na imensidão do mar o seu poder
A dominar sem segredos e com firmeza
É majestoso o encontro com a natureza
E a brisa acariciante beijando minha face
O horizonte infinito completa esta beleza...
Alguém que me encantou, de repente aparece
Com muita emoção e os olhos marejados
Ao contato dos abraços do sol que nos aquece
Nada aqui poderá permitir que se entristeça
Vamos de mãos dadas encontrar o nosso mar
Sendo movidos pela sedosa água aconchegante
Abraços nos envolvem como antigamente
E nos fitamos, então com vontade de amar...
Cruzando as ondas espumantes deste mar
Navegamos amor no contágio deslumbrante
Principiando outra vez namoro e atração
Com magnitude, de um modo encantador
Com muita paixão e sem nenhum pudor
De repente ficamos como em possessão
Entregando-nos a doce e sutil sedução
Integramo-nos assim, com a paisagem
Unos em uníssono e em pura vibração
E toda a natureza é um hino ao amor!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes