Arte Abstrata

Arte Abstrata

(Alex Louzada)

Fútil alcance incompreendido pela maioria, inutilidade sarcástica nas caixas acústicas do tempo

Como poeira vôo no vento

Obtenho espaço mas não dinheiro, marco ósculo no cromo cosmo

Atravesso o eterno deserto dessa imensidão

Cada estrada uma lágrima, fornalha de ilusão

Sei que esses versos são como arte abstrata

Podem até não dizer nada mas falam alto ao coração

Do astro ao átomo ou por que não o contrário?

Minha vida é a voz e só me calo

Me perdi por aí entre os passos

Tropecei e quebrei-me em mil pedaços

Vieram as feridas e essa letra num só compasso

Retornei do inferno que era o deserto desse soldado

Renderam-se anjos e demônios na estrada

O tempo já não era o mesmo, suor e lágrimas se misturavam

Vitórias e derrotas dentro de mim se confrontavam

Como uma nau naufragada, dentro de um ser idiota

Tripulada pelos náufragos, que dá a vida só derrota

Me livrei de vocês, doces bárbaros, não os quero mais em minha rota

E tudo foi ficando para trás, depois do soluço, da pipoca

Na solidão vazia, do despertar da alma.

Alex Louzada
Enviado por Alex Louzada em 01/08/2009
Código do texto: T1731195
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