DO FIXO AO MÓVEL E DO MÓVEL AO FIXO UMA COLCHA DE RETALHOS
PELA PESSOA SUA FACE VALE
A PENA COLORIDA FICA COM O ÍNDIO CARNAVALE
A CADEIRA LEVA-TE AO POLO SUL
E A CONVERSA QUE SE TÊM É SOBRE O REAL
TUDO QUE É CASTO, TELEFONE, NÃO IMPORTA ONDE
BONDE INGLÊS EM SEU OLHAR PROCURAS
NA SUA TESTA!
QUEM ME VÊ, VIVE ALÉM DE MIM
QUEM SABE, SABERÁ, SAPATOS LIMPOS
AMARÁS, QUANDO TIVERES NASCIDO
AO DESEMBOCAR, EM MAR DE ALEGRIA
SILÊNCIO NOBRE, EM UM CLIMA TROPICAL
SUA SAIA QUE SAIU VESTIDA DE PRETO
UM AMULETO NO PESCOÇO, SAUDAÇÕES
A VERDADE SECA ME TRAVOU TÃO SÉRIA
COMO TIJOLO QUE SAIU DO FORNO NA OLARIA
AGORA SEI AONDE POSSO CHEGAR
TODOS CAMINHOS, VOLTAM-SE EM ALUCINAÇÕES
LETARGIA PARA NÃO CHEGAR A NADA
MEU AMOR, UM DESAMOR PROFUNDO E CALMO
CADA EU, UMA ESTRELA
NO MEU CÉU DA BOCA
UM GOSTO AMARGO CINTILA
ENVOLVE-ME CIDADANIA OCULTA
ENQUANTO ENFURECE, VILAREJOS E RUAS
TODO O PADRÃO SE PERDE
AO LEMBRAR DAS TARDES, JÁ É MADRUGADA
OLHANDO-ME O QUE FAZER, PARA APROPRIAR-SE
PRÓXIMO AO LONGÍNQUO DE CADA SITUAÇÃO
FICO MELHOR AO VER-TE
ASSIM NASCESTES À CADA DIA
NO PACOTE DE FARINHA DE TRIGO ESTÁ SEU NOME
BRANCO GELO, LIVRE DA INSETICIDA
SUA FIRMESA, NO CALOR ABRIGA
INTUMESCE, FEITO ABACAXI
VIVE COMO NATUREZA MORTA
AO ADENTRAR-SE, SINTO QUE JÁ ESTIVE ALI
AO CONFORTO, SEGURANÇA E PRAZER
VEM AMAR, AFAGA-ME E BEIJA
COM CERTEZA A MEIA-LUZ FECHA-SE
AOS CORPOS SEPARADOS POR TESÃO
ENCOBRE UMA LIBERDADE À TODO TEMPO
AGUENTA QUE EU VOU, ESTA É A SEGUNDA VEZ
DELÍCIA, ENQUANTO FICAMOS SOLTOS...
CADA MOMENTO, UM TODO LIMPO, DE UM VAZAR, VAZAR
O QUE FALTA, É O QUE O TEMPO NÃO PERMITE
TUDO AQUILO QUE NÃO FAZEMOS...
NAQUELA RUA DOS BORBOTÕES