DO FIXO AO MÓVEL E DO MÓVEL AO FIXO UMA COLCHA DE RETALHOS

PELA PESSOA SUA FACE VALE

A PENA COLORIDA FICA COM O ÍNDIO CARNAVALE

A CADEIRA LEVA-TE AO POLO SUL

E A CONVERSA QUE SE TÊM É SOBRE O REAL

TUDO QUE É CASTO, TELEFONE, NÃO IMPORTA ONDE

BONDE INGLÊS EM SEU OLHAR PROCURAS

NA SUA TESTA!

QUEM ME VÊ, VIVE ALÉM DE MIM

QUEM SABE, SABERÁ, SAPATOS LIMPOS

AMARÁS, QUANDO TIVERES NASCIDO

AO DESEMBOCAR, EM MAR DE ALEGRIA

SILÊNCIO NOBRE, EM UM CLIMA TROPICAL

SUA SAIA QUE SAIU VESTIDA DE PRETO

UM AMULETO NO PESCOÇO, SAUDAÇÕES

A VERDADE SECA ME TRAVOU TÃO SÉRIA

COMO TIJOLO QUE SAIU DO FORNO NA OLARIA

AGORA SEI AONDE POSSO CHEGAR

TODOS CAMINHOS, VOLTAM-SE EM ALUCINAÇÕES

LETARGIA PARA NÃO CHEGAR A NADA

MEU AMOR, UM DESAMOR PROFUNDO E CALMO

CADA EU, UMA ESTRELA

NO MEU CÉU DA BOCA

UM GOSTO AMARGO CINTILA

ENVOLVE-ME CIDADANIA OCULTA

ENQUANTO ENFURECE, VILAREJOS E RUAS

TODO O PADRÃO SE PERDE

AO LEMBRAR DAS TARDES, JÁ É MADRUGADA

OLHANDO-ME O QUE FAZER, PARA APROPRIAR-SE

PRÓXIMO AO LONGÍNQUO DE CADA SITUAÇÃO

FICO MELHOR AO VER-TE

ASSIM NASCESTES À CADA DIA

NO PACOTE DE FARINHA DE TRIGO ESTÁ SEU NOME

BRANCO GELO, LIVRE DA INSETICIDA

SUA FIRMESA, NO CALOR ABRIGA

INTUMESCE, FEITO ABACAXI

VIVE COMO NATUREZA MORTA

AO ADENTRAR-SE, SINTO QUE JÁ ESTIVE ALI

AO CONFORTO, SEGURANÇA E PRAZER

VEM AMAR, AFAGA-ME E BEIJA

COM CERTEZA A MEIA-LUZ FECHA-SE

AOS CORPOS SEPARADOS POR TESÃO

ENCOBRE UMA LIBERDADE À TODO TEMPO

AGUENTA QUE EU VOU, ESTA É A SEGUNDA VEZ

DELÍCIA, ENQUANTO FICAMOS SOLTOS...

CADA MOMENTO, UM TODO LIMPO, DE UM VAZAR, VAZAR

O QUE FALTA, É O QUE O TEMPO NÃO PERMITE

TUDO AQUILO QUE NÃO FAZEMOS...

NAQUELA RUA DOS BORBOTÕES

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 30/07/2009
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T1727714
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