Guernica (Oitava Esquartejada)
Obra de almas! De vidas destroçadas!
São fantasmas que tinham suas vidas!
Eram seres humanos com moradas,
Em cidade, para eles tão queridas.
Suas vidas, que foram já passadas...
Não obstante, não foram esquecidas!
O futuro verá os seus passados:
Ficar-se-ão para sempre sim lembrados.
Da obra; Picasso, Pablo: – que é – Guernica.
Que geométricas formas no retrato!...
Oh! Que esdrúxulas formas que se fica!
Igual aos restos dessas vidas; fato:
A vida de outrem não se sacrifica.
Deus condene de vil ator seu ato!
Vida não tira vida nesta Terra:
Não se deve; depois ao outro se enterra.
Olhem as expressões... Pura agonia...
De estar em sua vida vendo a Morte...
Bombas nos céus visão fazem sombria...
Físicas agressões de cada corte.
Cabeças, pernas, braços só se via!...
Sobreviveu apenas o mais forte!
Gritos, sinais co’os braços p’ra parar!
Pararam! Quando nada só sobrar!
Nesta obra triste quão há poucas cores!
Cores frias nos mostram como é triste...
Um povo que perdeu os seus amores.
É cruel como cousas que já viste:
Como seres humanos sem valores.
Cousas que infelizmente aqui existe...
A escuridão presente em obra torta;
Das vidas das pessoas: vida morta.
Da morte inspiração viva que vem!...
Animais e pessoas que morreram,
Juntamente o lugar, ao qual também,
Suas histórias, sim, sobreviveram!
Permanecem nesta obra que lhes tem!...
Permanecer-se-ão! Vidas que lhes eram...
Sim, elas ficarão na obra e na história.
Sim, para sempre vivas na memória.
Seres humanos há muito a aprender,
E esta obra que nos mostra uma lição;
Temos sim que aprender aqui viver,
E os outros sim tratar co’o coração.
Para vocês também poderem ter;
Pensar co’os sentimentos e a Razão.
Há muito de aprender co’esse dilema:
Aprender co’a Razão deste poema.
(Diabllus Lendarious)