Uma Poesia Surreal
E quando eu olhar ao norte,
quero moldar minha vista,
ao mais vasto horizonte,
estender meus pensamentos,
aqueles que restam a mim,
pequenas lembranças,
amores,
loucuras,
parcialmente distribuídos,
ao longo de um belo vale.
E quando eu virar o meu corpo,
direção contrária,
sentirei o clima frio austral,
e jogarei meus braços ao vento,
minhas pernas,
meu sólido corpo,
junto ao mais concreto,
frio, inóspito,
configurado para um futuro transcendente.
Mas quando eu virar ao leste,
consentindo a mais perfeita mistura,
de razão,
e sentimento,
derramarei minhas lágrimas aos seus sistemáticos ventos,
do excesso que é o sentimento,
para caminhar em direção ao mais lindo equilíbrio,
de um homem.
Então dou uma espiada no poente,
aquele mais desorganizado refúgio,
onde o sol rasga o seu esplendor,
o maior berço da loucura,
o mais triste asilo dos imperfeitos demais.
E então,
girando meu corpo do alto do cume,
para todas as direções,
eu olho para baixo,
nenhuma superfície,
me certifico que ela nunca existiu.
Para assim, me aliviar.