FANTASMA DE CRISTO
Tijucas, SC, 25 de julho de 2009 às 18h e 52m
Fantasma de Cristo
Vinde a mim toda maldade, pois eu sou o caminho e a verdade mal-vinda.
Um colosso, o dogma da existência perseguida aos inocentes e cegos, e a única dúvida é da minha carne, do sangue que não jorra, do milagre que a ciência mortifica, sou eu toda causa das dores e males, sou eu toda poça funda de glória e toda perdição do globo... Eu quem nasço, eu quem mato, eu quem enterro e prontifico, eu quem brinco de Messias com meus discípulos.
O céu acredita?
O mal acredita?
Quem acredita tira os pregos do pulso e levanta a mão! Tua manjedoura é cômodo em mogno, teu anjo branco queima a própria auréola, tua luz divina se corta num ‘clique’, teu manto sagrado é farrapo barato... há uma cova aberta, há tantas mentes fechadas, há uma alva bêbada e viva , e ainda é somente o terceiro dia de festas.
Cresce o menino que ao toque ressuscita, cresce o menino, lascívia entre os dedos... se faz um sexo século pra provar do pecado, abraça a serpente pra morrer de tentação. Por que todo colo da voz, por que todo colo da lágrima se a maçã mordida nem causa ferida? Nós temos todo templo do mundo, toda extinto libido do mártir, todo instinto e transa dos santos.
O que significa o ato?
Tinhas que morrer de fato?
As trevas é um saboroso prato.
E vai ficar pra eternidade o desejo, vai apodrecer tua palavra e o medo... a memória é carne falha e não encarna mais que a própria batalha.
A humanidade já explodiu, toda seita ruiu, e agora bravejam demônios, fagulhas de péssima oração... ao menos depois do inferno, é só aparição.
Quanto vale um milagre?
Quantas Judas compram minha fé?
Há um leilão por um vulto, tua paz celeste só causa mais tumulto.
Aproveite as promoções do templo.
Aproveite as ofertas de salvação.
Aproveite: Jesus Cristo está em liquidação!
Douglas Tedesco