FANTASMAS

Como os moínhos de Quixote meu coração segue lutando

com meus monstros invisíveis: oras vencedor, noutras

vencido pelos fantasmas cavaleiros errantes

em mulas sem cabeças

ou "pés de garrafas" e seus gritos hilariantes

pelo cerrado da Lusia e da Tamarana;

mas sigo adiante

guardado em minha armadura

espada em punho

girando os moinhos de vento

quebrando as pedras da Estrema

que impedem o germinar de meus sonhos

pelos campos que passo.

Desde menino tento libertar-me

das amarras do medo

das almas penadas que vagam

no pensamento do menino eterno que sou !

Não sei até quando vou esconder-me

do medo que vaga em meus pensamentos

tantos tormentos que não tem por quê

traumas

fugas inesplicáveis

Lutas travadas no vazio da´lma

da qual, ainda, não tomei posse.

Flamarion Costa
Enviado por Flamarion Costa em 25/07/2009
Reeditado em 26/11/2009
Código do texto: T1717901
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