PAÇO DA CULTURA

Uma gota...

Cai e molha!

O seu calcanhar,

Os óculos vários óculos...

Não vêem?

Uma gota cai no seu calcanhar,

os olhos tímidos, se voltam para o papel e olham...

E eu estou olhando os óculos a dupla visão se encontra

A gota insiste...

Eu saio para o outro lado

E a gota sorrir...

É hora do recreio e a gota se diverte

Por que não contemplar a chuva?

Ela é soberana usa, divulga a redenção.

E nós?

Parecemos coelhos molhados, em um todo entediado!

Esta cascata parece você!

Uma gota Brasil assiste de camarote, fabrica a própria sorte

Levanta às três da manhã, é fruto da fruta sincera

É o Deus...

No planeta, somos todos nós

Por que não contemplar, a chuva?

Não é preciso olhar da janela, é ir ao encontro dela...

É participar!

Uma goteira no seu calcanhar...

Vai pular. Se mover, e ela diz, vivo à crescer, vivo ao vivo

Sou seu rio de risos e lágrimas, suas lágrimas ao natural

Um silêncio induzido produz, uma luz noturna...

Que atrai idas e vindas.

Nasce a planta, porque não o metal?

E volumétricamente inicia-se o arrebol

Todas as linhas meio tontas, gota clara no seu calcanhar

Muito mais enquanto soltas

Vive à vida ausente o sol

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 24/07/2009
Código do texto: T1717267
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