PAÇO DA CULTURA
Uma gota...
Cai e molha!
O seu calcanhar,
Os óculos vários óculos...
Não vêem?
Uma gota cai no seu calcanhar,
os olhos tímidos, se voltam para o papel e olham...
E eu estou olhando os óculos a dupla visão se encontra
A gota insiste...
Eu saio para o outro lado
E a gota sorrir...
É hora do recreio e a gota se diverte
Por que não contemplar a chuva?
Ela é soberana usa, divulga a redenção.
E nós?
Parecemos coelhos molhados, em um todo entediado!
Esta cascata parece você!
Uma gota Brasil assiste de camarote, fabrica a própria sorte
Levanta às três da manhã, é fruto da fruta sincera
É o Deus...
No planeta, somos todos nós
Por que não contemplar, a chuva?
Não é preciso olhar da janela, é ir ao encontro dela...
É participar!
Uma goteira no seu calcanhar...
Vai pular. Se mover, e ela diz, vivo à crescer, vivo ao vivo
Sou seu rio de risos e lágrimas, suas lágrimas ao natural
Um silêncio induzido produz, uma luz noturna...
Que atrai idas e vindas.
Nasce a planta, porque não o metal?
E volumétricamente inicia-se o arrebol
Todas as linhas meio tontas, gota clara no seu calcanhar
Muito mais enquanto soltas
Vive à vida ausente o sol