Espaços Suspensos
Garimpo uma dissonância
de velhos ciprestes largos,
empurrados pela erosão
dos conflitos surpérfluos.
Um sortilégio sonolento se vai,
precipita-se rasgando no abismo.
O voo rasante é tragado
pelas frestas pálidas fustigantes.
Há um sortimento de refúgios,
aqui, acolá, desatinados e revoltados,
que repousam turvelíneos
na suspensão dos espaços.
São Paulo, 14 de julho de 2009.