Seu Jorginho senta bêbado na praça

Somos sempre manipulados.

Por que?

Por que somos manipuladores,

Tecendo, por uma linha infinita, promiscuidades,

Tenras formas onde se ligam,

O prato de arroz ao estomago.

Fome.

Aquele brasileiro sentimento,

Sem definição de cor e acento,

A falta de senso por não te-lo,

Não ter algo dentro da gente como comida.

Enrolados, dobrados,

Bons argumentos pardos,

Carregam sobre bandejas, porcos, maçãs, cardápios,

O policarpio em ato de não dar mais nem um pio.

Panos.

Cavalos sobre os panos.

Somos e vamos prus ralos,

Elos e elas de uma vidinha com fome,

Porem há de si tecer um pequeno bocado de direção,

Pelo esôfago tem que passar,

Pela mão dela sofrerá,

Mas argumentação é pra dobrar?

Manipular e do simples ato de viver?

Cozinhar em banho a Maria?

O “nada disso” conta também,

Quem sabe manipular não manipulando,

Abençoado sem ter o tal do amém.