Loucura a 2,50
Viu passar a noite com olhos de quem larga o céu,
Sentado no sentido, é tão real papai noel (...)
Fugiu das costas do cavalo chucro de São Jorge,
Não houve um metal que não forjou,
Nem tampouco os papeis no civil,
Sacramentando o amor com tinta de carimbo azul.
A lã das costas de um porco três cores pegou,
Sem calor e sem vapores, nosso barco navega observando Edmundo,
Como ele faz para fugir do frio solitário do verão?
O léu explica.
A loucura pode ser três vezes ao dia.
1974.
Dois jovens sentam juntos,
Contam coisas,
Tiram roupas,
Vendem sonhos,
Pulam de um arranha céu.
Na noite quem se importa se a porta é da varanda, da Miranda, da ciranda.
“Olha lá no Carrossel!
Um corcelzinho cor de cobre”.
A noite não cabe dentro de uma caixa branca,
Ou de uma Fanta,
Ou de uma Santa,
Ou de uma anta,
Ou Dilma! Dilma! Dilma!
Se sete e sete são catorze,
Se sete pedras são colares,
Se Sete-copas é uma planta,
Se sete copas é um blefe,
Se sete vidas tem o gato, se não existe o arco-íris,
Se as cores não combinam com as sete peças da bobina,
Cadê Deus?
Cê tiraria sua boca?
Cê tiraria sua voz?
Dá dois e cinquenta tudo.