“Cuando recordo a coisa, karaí!”

Vamos então deixar a onda branca passar,

Pela acrílica da praia como se fosse separada com cartão,

A espuma transfigurada dá tanto doce que nem mesmo a lógica come,

Eis que não comer é passar frio.

Que bom!,

O pênis da coisa só diminui,

A evaginação do homem pela branca espuma do mar frio,

Uma África de um sul cheio de brancas focas,

Vítimas todo dia são feitas,

Feito tanto, que o latrocínio é margem de quem trabalha na noite louca do demônio.

Tememos ter demais, adoramos quando tudo vem “serto”,

E o tanto veio “de boa”.

Os quatro que no xadrez estavam, em mantras entraram,

As vidas não corroíam a beirada do nariz,

A cerveja talvez dará sono ou não.

Logo, o zumbi dá a Pastora.

Xeque!

Logo o magro não aguenta, pede o que arrebenta todo mês,

Um quilo de vida sem vida.

Um estandarte de crápula,

O coração que pula igual boi com sedém,

Mas e a coisa de dormir?

Essa, a onda do mar longe pode nos dar,

Essa, tá longe do cerrado esticado de frio,

Geadas, Colômbias, vidas....

Vidas, e daí! Quem se queixa?

Nada hoje nos deixa!

Nem essa tal de alma,

Nem a merda de vida que cultivamos,

Nem a morte bêbada e craqueada da Rua Platão.