Queria pôr um título, mas não consegui
A posição do sol em duas varandas.
A que mais se vive, a que se sente sentado,
Um horizonte pra ver, um pra revelar.
Amar tá dentro de uma maldade ínfima,
Delata os posicionamentos deste mundo que pisamos,
Dentro do amor perdemos crisântemos,
Dentro das cores ficamos a sentir saudade,
Então tudo se baseava até o esquecimento,
E o homem se matava em afogamento e fumaça,
Em relacionamentos coloridos.
A orquestra lunar deixa nossa papiata distante.
A Emborcação divide a terra do cerrado.
A população vai bem (…)
O mundo gira em não estar em boa posição pra hablar,
E em pensar pisar em outro riacho.
O mundo ensina que duas varandas não ficam em uma única construção,
Que saudade é uma foto revelada,
E existe outro termo para isso, tem outro nome,
Chama lembrança que não some,
Chama não entender o que se sente por alguem,
Tocar uma viola triste e escrever um poema que não sinta tanto assim,
Um que fala da poética da vida, seja ela qual for,
Que menos fosse de amor! Talvez um que fosse de sol,
Poema de lápide de indigente.